23.7.09

Sobre o doce passado



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Amigos de longa data e de verdade, sempre estavam ao meu lado quando precisava, fosse na hora do aperto ou da gargalhada. Não víamos fronteiras para expressar nossos sentimentos, trocávamos de amor todo dia, disputávamos os meninos mais populares da escola, tínhamos amores platônicos, mas no final tudo se acertava.
Tinha um menino por qual fui apaixonada da Quarta série até a Sétima, mas nunca o beijei - apenas dei algumas “bitocas”, sempre fazíamos o jogo da Verdade ou Conseqüência nas festinhas da turma, algo totalmente normal para a época.
Era um tipo de Amor Platônico, ele era meu amigo, e sabia dos meus sentimentos, mas como havia meninas mais interessantes que eu, nunca me dava atenção esperada. Sempre fui muito magra, com nariz grande, mal vestida - tinha condições, mas não me arrumava bem, e teve uma época que usei óculos de grau. Para que mais motivos? Sempre era alvo de deboches e brincadeiras dos meninos. Algumas vezes até brigava com eles, mas era em vão, pois no fim tudo estava em seus conformes. Não era muito de dar bola, mas no fundo me sentia rejeitada, até teve uma vez que um menino me chamou de bruxa, chorei bastante, mas não contei para ninguém. Pois sabia que mais tarde tudo iria mudar, o patinho feio se transformaria e as meninas que eram lindas estariam todas umas “bruxas”.

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