15.9.12

não sei.

Mais uma história sobre a menina Becky, que após três anos, já é uma mulher. Pobre ser indefeso, forte e fraco ao mesmo tempo. Sorrindo pra solidão, chorando por dentro, fingindo estar bem por fora. Seus olhos querem sorrir e chorar ao mesmo tempo. Não consegue deixar ninguém entrar por inteiro em sua vida e teme por entrar na vida de alguém, não sabe o que pode acontecer, prefere ficar emergida em seus pensamentos solitários, ficar inventando finais, nem sempre felizes, para suas histórias, que um dia pretende viver, ou apenas escrever. Fica colorindo superficialmente o preto e branco que é sua vida, interiormente ao menos, tentando sorrir para mandar embora a solidão que sempre esteve com ela ao longo de sua vida. Não consegue ser feliz por inteiro, sabe que é impossível ser cem por cento feliz, mas imagina que alguém pode ser feliz um pouco. Não quer ser feliz pela metade, assim como não quer ninguém pela metade também, mesmo que tenha medo de amar por inteiro, ter alguém por inteiro. Por que tudo sempre foge de “suas mãos” quando está feliz, quando aparece alguém capaz de aceitá-la da maneira que é... Introspectiva, meio melancólica por natureza e demonstra pouco interesse pela vida. Ao mesmo tempo em que quer sentir o amor, não acredita nele, ou demonstra não acreditar para parecer alguém forte, sem esperanças. Alguém que já sofreu muito em nome dele e não deseja mais sofrer, quer evitá-lo ao máximo. Só assim poderá se defender futuramente, ninguém mais a fará chorar de tristeza por sua partida, nem mesmo seus futuros amantes, e quem sabe, amores. Gosta das coisas simples da vida, como um dia ensolarado, o verde, o frio batendo em seu rosto e informando que ainda está viva, que ainda é capaz de enfrentar a maré que se põe em sua frente diariamente. Mas ao mesmo tempo as despreza, cansou de tentar lutar pelo que gostaria, sem resultados, despreza as flores, o canto dos pássaros, as pessoas felizes. É uma contradição que se emana em seu interior... Que ninguém pode ver ouvir ou sentir. Tem sede em resolver tudo, em se dar bem na vida, mas ao mesmo tempo há um cansaço interior maior que sua sede por viver, destrói aos poucos, cada passo que dá à frente, retrocede dois. Ela sabe que tudo isso uma hora irá mudar. Passar. Só não sabe quando. Quer que tudo entre nos “eixos” logo, antes que seja muito tarde.